Distribuição espacial do risco de infecções respiratórias agudas em Angola, no período 2016-2019: uma previsão de contágio por COVID-19
Resumo
O incremento de casos e óbitos de infecções respiratórias agudas constituem um problema social e económico em Angola. Com o objectivo de estratificar a ocorrência das doenças respiratórias agudas, realizou-se um estudo descritivo transversal no período de 2016 a 2019. Foram estudadas as variáveis de morbilidade e mortalidade a nível nacional, provincial e municipal. As fontes estatísticas foram os relatórios provinciais, fichas de notificação de doenças e o Software Distrital de Informação em Saúde. A estratificação de risco da morbilidade e mortalidade das infecções respiratórias agudas, nos níveis provincial e municipal baseou-se no cálculo das taxas e foram identificados estratos de alto risco, médio e baixo e os resultados foram apresentados em mapas. Na morbilidade, 10 províncias tiveram um risco maior, representando 55,6%, o moderado e baixo em 4 (22,2%) para cada; nos municípios, 50 % tiveram maior risco, 35,2 % com risco moderado e 14,7 % com baixo risco. O maior risco de morrer foi em 5,5% das províncias, moderado em 55,5% e baixo em 44,4%; nos municípios, 38,4% tiveram maior risco, 33,3% com moderado e 28,2% com baixo risco. Na estratificação, identificou-se que a nível das províncias e municípios houve maior risco da morbilidade. Quanto a mortalidade, observou-se predomínio de risco moderado nas províncias e o risco alto e moderado, foi observado nos municípios. Esta informação é útil para as autoridades sanitárias na organização e planificação dos serviços, na distribuição de recursos humanos e materiais para uma maior cobertura e efectividade de acções intersectoriais na prevenção e controlo destas doenças.
Downloads
Referências
Alegret M. (2006). Propuesta metodologica para la incorporacion mas efectiva del analisis espacial en Ciencias de la salud. (Tesis de doctorado, ENSAP). Disponível em: http://tesis.sld.cu/index.php?P=FullRecord&ID=76&ReturnText=Search+Results&ReturnTo=index.php%3FP%3DAdvancedSearch%26Q%3DY%26FK%3Dmilagro%2Balegret%26RP%3D5%26SR%3D0%26ST%3DQuick
Angola. Centro de Processamento de dados epidemiológicos. (2019). Boletim Anual Epidemiológico. Luanda: Imprensa Nacional.
Cardoso M; Alicemaria P. (2004). Doenças respiratórias agudas em serviços de saúde entre 1996 e 2001. Revista de saúde Pública. 38(3), 346 – 350.
Collejo Rosabal, Y., Martínez Orozco, D., Leyva Provance, S., Vargas Cruz, I., & Zaldívar Suárez, N. (2020). Estratificación epidemiológica de enfermedades seleccionadas. Granma. 2018. MULTIMED, 24(3), 569 – 584.
Denecir, D. (2011). Geografia Da Saúde No Brasil: Arcabouço Téorico-Epistemológicos. (Teses de doutorado, Universidade Federal de Paraná). Recuperado de : https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/26567/Tese+Completa.pdf?sequence=1
García, C.; Alfonso Aguilar, P. (2013). (2013). Estratificación epidemiológica de riesgo. Revista Archivo Médico de Camagüey, 17(6), 762-783.
García, C, Alfonso Aguilar, P. (2013). Vigilancia epidemiológica en salud. Revista Archivo Médico de Camagüey, 17(6), 784-805.
González, A., Miquel A., Rodríguez , D., Hernández l, M., Sánchez , L., Mediavilla Herrera, I. (2017). Concordancia y utilidad de un sistema de estratificación para la toma de decisiones clínicas. Atencion Primaria, 49(4), 240–247. https://doi.org/10.1016/j.aprim.2016.04.009
Jackson, S., Mathews, K. H., Pulanic, D., Falconer, R., Rudan, I., Campbell, H., & Nair, H. (2013). Risk factors for severe acute lower respiratory infections in children: a systematic review and meta-analysis. Croatian medical journal, 54(2), 110–121. https://doi.org/10.3325/cmj.2013.54.110
León, P, Fariña, Ana T, Goslin C, Leonor L, Sánchez G. (2013). Experiencias en las etapas de control y sostenibilidad de la epidemia de Dengue. Revista Cubana de Medicina General Integral. 29(4), 270-287.
Loke YK, Kwok CS, Niruban A, Myint PK. (2010). Value of severity scales in predicting mortality from community-acquired pneumonia: systematic review and meta-analysis. Thorax. 65 (10). 884-90. http://dx.doi.org/10.1136/thx.2009.134072
Moore, PC., Huang, C., Rodriguez, A., Wiebe, R., Siegel, J. (2013). Presenting Signs and Symptoms of Rapidly Progressing Severe Pneumonia in the Pediatric Emergency Department. Emergency Med.; 3 (2), 2-4.
Organización Panamericana de la Salud. (2019). Manual de estratificaciónsegún el riesgo de Malaria y eliminación de focos de transmisión. OPS. Recuperado de: https://www.paho.org/hq/index.php?option=com_docman&view=download&slug=malaria-technical-advisory-group-session-8-2019-only-in-spanish&Itemid=270&lang=en
Orueta, J., Astrabudua. C. S., Uribe, O. S. Estratificación poblacional. Resultados en salud. (2017). Osakidetza, Recuperado de : https://www.fundacionsigno.com/ponencias_escorial_2017/El_Escorial_Estratificacion_Ion_Orueta_26_oct_2017.pdf
Solé-Violán, J., de Castro, F. v., García-Laorden, M. I., Blanquer, J., Aspa, J., Borderías, L., Briones, M. L., Rajas, O., Carrondo, I. M., Marcos-Ramos, J. A., Ferrer Agüero, J. M., Garcia-Saavedra, A., Fiuza, M. D., Caballero-Hidalgo, A., & Rodriguez-Gallego, C. (2010). Genetic variability in the severity and outcome of community-acquired pneumonia. Respiratory medicine, 104(3), 440–447. https://doi.org/10.1016/j.rmed.2009.10.009
Varela,T., Giovacchini, C.; Angeleri, P.; Morales, M.; Fabbri, C.; Luppo, V. (2019). Elaboración de criterios epidemiológicos para estratificar por departamento el riesgo poblacional de dengue grave. Rev Argent Salud Pública.10(39). 38-41.
Verdasquera D, Pérez, K., Norales, A., Vázquez A. (2013). Estratificación del riesgo de enfermar y morir por leptospirosis humana. Revista Cubana de Medicina Tropical, 65(2), 191-201.
Wonodi, C. B., Deloria-Knoll, M., Feikin, D. R., DeLuca, A. N., Driscoll, A. J., Moïsi, J. C., Johnson, H. L., Murdoch, D. R., O'Brien, K. L., Levine, O. S., Scott, J. A. (2012). Evaluation of risk factors for severe pneumonia in children: the Pneumonia Etiology Research for Child Health study. Clinical infectious. 54 Suppl 2(Suppl 2), 124–S131. https://doi.org/10.1093/cid/cir1067
Direitos de Autor (c) 2020 Eusébio Manuel, Helga Freitas Reis, Sandra López Lamezón

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.